terça-feira, 2 de junho de 2020

Uma Publicação VERDADES VIVAS

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Duas Admoestações Finais


Vs. 17-18 – Encerrando a epístola, Pedro faz duas admoestações finais: Uma é uma advertência contra tornar-se afetado pela apostasia que caracterizaria os últimos dias. Ele diz: guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza. Não é que os verdadeiros crentes possam apostatar (abandonar a fé Cristã), mas eles podem ser levados “juntamente” com a corrente da apostasia e abandonar certos princípios e práticas bíblicos que um dia sustentaram. Essa era a preocupação de Pedro. A outra é uma palavra de encorajamento para continuar na verdade e assim crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Ele merece toda a glória e louvor, assim agora, como no dia da eternidade. Amém

A Importância das Epístolas de Paulo

Vs. 15b-16 – Ao encerrar a epístola, Pedro aproveita a oportunidade para endossar as epístolas de Paulo e encorajar os santos a recebê-las. Ele diz: Como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos [ignorantes – JND] e inconstantes [mal estabelecidos – JND] torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. É afável ver Pedro chamando carinhosamente Paulo de “amado”. Depois da repreensão pública de Paulo a Pedro em Antioquia (Gl 2:11-21), Pedro poderia muito bem nutrir sentimentos de ressentimento em relação a ele, mas isso mostra que esse não era o caso. Pedro então diz aos santos que as coisas que ele lhes ensinou foram “também” ensinadas por Paulo em “suas epístolas”. Isso mostra que o ministério deles é complementar. Assim, as coisas que Pedro havia escrito em suas epístolas não eram uma opinião particular sua.
Pedro também faz referência a Paulo ter “escrito” uma epístola aos santos judeus. A maioria, se não todos, dos que ensinam sobre a Bíblia de forma confiável dizem que isso é uma alusão à epístola aos Hebreus. Pode ser perguntado se já que Paulo é o escritor dessa epístola, por que ele não se apresentou em sua forma normal como um apóstolo, como faz em suas outras epístolas? Há pelo menos três razões pelas quais não o fez: Primeiro, porque o apostolado de Paulo era exclusivamente para o seu trabalho entre os gentios (Rm 11:13, 15:16; Gl 2:8). Ele não tinha autoridade para se dirigir a seus compatriotas como apóstolo. Isso não significa que Paulo não pudesse se dirigir a seus irmãos judeus; é apenas que ele não poderia fazê-lo com autoridade apostólica; portanto, seu apostolado não é mencionado. Uma segunda razão pela qual ele não mencionou seu apostolado foi porque o encargo do Espírito de Deus em Hebreus é apresentar a Cristo como o Grande “Apóstolo” de nossa confissão (Hb 3:1). Paulo mencionar seu apostolado poderia tê-los distraído a esse respeito. Ele queria que seus leitores entendessem que a mensagem na epístola vinha de Alguém que era um Apóstolo muito maior do que ele próprio (caps. 1:2, 12:24-25). Paulo, portanto, alegremente permanece em segundo plano, a fim de trazer Cristo para o primeiro plano de uma forma mais notória. Uma terceira razão é que, se a epístola, que foi escrita aos judeus crentes, caísse nas mãos de judeus incrédulos, e esses soubessem que seu autor era Paulo, eles nunca a teriam recebido. Eles teriam descartado tudo imediatamente porque o viam como um renegado do judaísmo.
Pedro reconhece que para uma pessoa vinda de um contexto judaico, a doutrina de Paulo (especialmente seu ensinamento dispensacionalista) seria “difícil de entender” – não no sentido de abraçar intelectualmente o que ensinava, mas de aceitar que ela vinha verdadeiramente de Deus. A verdade a respeito de Deus colocar Israel temporariamente de lado por causa da rejeição do Messias por parte dos judeus (Mi 5:1-3, etc.), e, um consequente alcance para com os gentios por meio do evangelho, para levá-los a uma bênção maior na Igreja, do que jamais fora oferecido a Israel (At 15:14, etc.) era algo difícil de eles acreditarem. Pedro também reconhece que houve um ataque presente à doutrina de Paulo por homens que eram “indoutos [ignorantes – JND] e inconstantes [mal estabelecidos – JND]. Esses ataques só se intensificaram em nossos dias.
Ao falar sobre isso, Pedro coloca as epístolas de Paulo entre “as outras Escrituras”. Isso significa que ele as viu como sendo divinamente inspiradas, e as endossou como tais. Sendo Escritura, os santos devem receber a doutrina de Paulo da mesma maneira que os Bereanos – “de bom grado” (At 17:10-12).

Três Céus e a Terra

Revisando, Pedro falou de três diferentes “céus e a Terra” neste capítulo:
  • Os céus e a Terra que eram “da antiguidade” (v. 5). Esta é a criação original que passou pelo caos por meio do juízo de Deus (Gn 1:1-2).
  • Os céus e a Terra que “agora existem”, que é a Terra reconstruída e os céus descritos em Gênesis 1:3-2:3. Isto está atualmente esperando para ser dissolvido com fogo no final dos tempos (vs. 6-7).
  • “Novos céus” e Terra no Estado Eterno que ainda está para ser criado (vs. 13; Ap 21:1-8).


O Dia de Deus

Vs. 12-13 – Pedro continua: Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a Sua promessa, aguardamos novos céus e nova Terra, em que habita a justiça. Saber que estas coisas estão vindo, não deveria produzir prostração em nós, mas uma ardente expectativa por essas coisas. Sua lógica é simples e pungente; se vai haver uma destruição de tudo o que é material, devemos estar vivendo para coisas espirituais que são eternas, em vez de coisas presentes que vão passar.
“O Dia de Deus” é o Estado Eterno, que segue o Milênio. Existem apenas três lugares na Escritura onde o Estado Eterno é descrito – 1 Co 15:24-28; 2 Pe 3:12-13; Ap 21:1-8. Além de ser chamado de Dia de Deus, também é chamado de “Dia da Eternidade” (v. 18) e “séculos dos séculos” (Gl 1:5 – TB; Ef 3:21; Fp 4:20; 1 Tm 1:17, 2 Tm 4:18, Hb 1:8, 13:21; 1 Pe 4:11, 5:11; Ap 1:6, 18, 4:9-10, 5:13, 7:12, 10:6, 11:15, 15:7, 19:3, 20:10, 22:5). Este dia eterno é uma das três coisas futuras pelas quais devemos estar “aguardando”:
  • A “bem aventurada esperança” – o Arrebatamento (Tt 2:13a).
  • O “aparecimento da glória” de Cristo (Tt 2:13b).
  • O “dia de Deus” (2 Pe 3:12).
Pedro diz que não devemos estar apenas “aguardando” por aquele dia eterno com ardente expectativa, mas também devemos estar “apressando a vinda do Dia de Deus”!(ARA) O que isto significa? De que maneira podemos apressar a vinda daquele dia? Teólogos Reformados (Pacto) nos dizem que isso significa que precisamos nos ocupar com o trabalho evangelístico e converter o mundo a Deus, pois o Senhor não virá até que isso seja feito. Ao sermos tão engajados, “aceleramos” (NIV) a Sua vinda e a realização de Seus propósitos. Mas isso não é verdade; o tempo de Sua chegada está definido no horário perfeito de Deus, não podemos apressá-la. Além disso, os versículos 12-13 não estão falando da promessa da vinda do Senhor como esses teólogos imaginam, mas da “promessa” da vinda do Dia de Deus – o Estado Eterno. Não é que podemos fazer sua hora chegar mais depressa do que Deus ordenou, mas se vivêssemos moral e espiritualmente como se estivéssemos agora naquele dia, quanto à nossa experiência, o traríamos para mais perto de nós pessoalmente.
A frase “novos céus e nova Terra” é emprestada de Isaías 65:17, 66:23, mas aqui está se referindo ao reino milenar de Cristo. Isso pode ser visto no fato de que o pecado e a morte são vistos naquelas passagens como estando ainda presentes. Em Isaías, a expressão é usada figurativamente para descrever a nova ordem moral da vida que se fará cumprir por meio da justiça reinando naquele dia (Is 32:1, 61:11). O Senhor Se referiu a ela como “a regeneração” (Mt 19:28). Aqui, em 2 Pedro 3, o termo envolve não apenas uma nova ordem moral (que deveria ser exibida pelos Cristãos agora – Tt 3:5), mas também uma nova criação física dos céus e da Terra.
Pedro acrescenta: “em que habita a justiça”. Hoje, no tempo da ausência de Cristo, a justiça sofre porque o pecado é abundante em toda parte. A graça reina por meio da justiça no coração do crente (Rm 5:21), mas publicamente, em todos os aspectos da vida no mundo, a justiça sofre. Mas quando Cristo aparecer e julgar este mundo em justiça (At 17:31), Ele estabelecerá Seu reino milenar onde reinará a justiça (Is 32:1). O pecado ainda existirá na criação, mas será subjugado. Se e quando o pecado for manifestado, será julgado (Sl 101). Quando o Dia de Deus (o Estado Eterno) for introduzido, a justiça habitará em perfeito repouso, pois o pecado e a morte serão erradicados (1 Co 15:26; Ap 21:4). Não haverá necessidade de impor justiça naquele dia porque tudo será ordenado de acordo com a mente de Deus.
Vs. 14-15a – Pedro então se dirige à nossa vida exterior diante do mundo em vista de compartilhar o evangelho com os perdidos. Ele diz: Pelo que, amados, aguardando estas coisas, procurai que d’Ele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz. E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor. Vemos desta declaração que é importante que nossa vida esteja corretamente ordenada diante do mundo, se esperamos que eles recebam o que dizemos a respeito de sermos salvos. A obra do evangelho sem uma vida que apoie o que dizemos perderá poder e sinceridade. Devemos, portanto, primeiro viver em “paz” com nosso próximo (sem comprometer os princípios Cristãos) e sermos achados imaculados e irrepreensíveis diante deles. Quando esse é o caso, podemos usar nosso tempo proveitosamente ao compartilharmos o evangelho, e isso pode resultar na “salvação” deles. Assim, a demora da vinda do Senhor e da vinda do Dia de Deus, se corretamente entendidas, não torna os crentes descuidados, mas os motiva para a vida piedosa (v. 11), a expectativa sincera (vs. 12-13) e o serviço diligente (vs. 14-15a).

O Efeito Prático Que Essas Coisas Deveriam Ter Sobre Nós


Vs. 11-16 – Tendo nos informado sobre as coisas que estão por vir, na última parte do capítulo, Pedro se volta para falar do efeito prático que essas coisas devem ter em nossa vida, e nos exorta para esse fim. Assim, seu propósito em mencionar eventos futuros é intensamente prático.
Vs. 11 – Ele pergunta retoricamente: Havendo pois de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato [maneira de vida], e piedade? O primeiro efeito que essas coisas devem ter sobre nós é para produzir um exercício para viver piedosamente no pouco que nos resta. Assim, o conhecimento da profecia nos foi dado não meramente para construirmos um calendário de eventos futuros em nossa mente, mas também para construir um sólido caráter Cristão em nossa vida.

O Dia do Senhor


V. 10 – Estejamos seguros. Cristo voltará e o juízo será executado no dia do Senhor. Naquele dia, haverá um encerramento de tudo relacionado com esta presente criação e um início de uma nova ordem de coisas nos novos céus e na nova Terra. Pedro diz: Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a Terra e as obras que nela há, se queimarão. Nesta declaração, ele fala de dois eventos futuros que acontecem no “Dia do Senhor” – a vinda do Senhor como “o ladrão de noite”, que é a Sua Aparição (Mt 24:43-44; Lc 12:39-40; 1 Ts 5:2; Ap 3:5 16:15) e a dissolução dos “elementos” da criação material, que acontece, no cálculo de tempo do homem, mil anos depois (Ap 20:4-21:8). Assim, Pedro nos mostra que “o Dia do Senhor” não é um dia de 24 horas, mas um período de mil anos, quando Cristo exercerá a autoridade do Seu Senhorio sobre o mundo. Isso, como ele explicou no versículo 8, é apenas “um dia” para o Senhor. Ele não fala do Milênio aqui, que virá entre esses dois eventos, mas passa por cima disso para se concentrar no momento em que Deus cumprirá Sua Palavra na dissolução de todas as coisas. Portanto, Cristo aparecerá no início do Dia do Senhor, e no final daquele dia que Ele efetuará uma dissolução de tudo na criação material (Mt 24:35; Hb 1:11-12; 2 Pe 3:7, 10-12; Ap 20:11b, 21:1).

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