terça-feira, 2 de junho de 2020

Dando-nos Grandíssimas e Preciosas Promessas

V. 4 – A segunda coisa que Deus nos “deu” são as grandíssimas promessas. Essas preciosas promessas foram colocadas diante dos santos para encorajá-los a seguir no caminho da fé. Pedro diz: Pelas quais Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo. Grandes promessas foram dadas aos patriarcas no Velho Testamento, e elas não devem ser menosprezadas, mas estas promessas das quais Pedro fala não são aquelas do Velho Testamento. As promessas dadas a Abraão, Isaque e Jacó têm a ver com as bênçãos terrenas que serão alcançadas por Israel num dia vindouro. Mas estas de que Pedro está falando, são promessas que Deus deu aos Cristãos. Elas são maiores porque têm a ver com as bênçãos superiores que temos em Cristo nos lugares celestiais (Ef 1:3). Mesmo as bênçãos da Nova Aliança sob o reinado de Cristo como o Messias de Israel, ficam aquém da excelência das bênçãos Cristãs, com as quais tais promessas estão associadas.
Mais uma vez, podemos perguntar: “Quais seriam essas promessas?” Algumas delas são:
  • A promessa de estarmos eternamente seguro em nosso relacionamento com o Senhor (Jo 10:28-29).
  • A promessa d’Ele nunca nos abandonar (Hb 13:5).
  • A promessa de doce comunhão com Ele todos os dias de nossa vida (Jo 14:21, 23).
  • A promessa de resposta a pedidos de oração (Jo 14:13-14; 16:23-24).
  • A promessa de nos manter no caminho de fé, intercedendo por nós como nosso Sumo Sacerdote (Hb 4:14-15) e como nosso Advogado junto ao Pai se falharmos (1 Jo 2:1-2).
  • A promessa d’Ele estando no meio daqueles a Quem o Espírito reuniu ao Seu nome (Mt 18:20).
  • A promessa de voltar e nos levar para a casa do Pai (Jo 14:2-3; 1 Ts 4:15-18).
  • A promessa de ser feito como Cristo moral e fisicamente (Fp 3:21; 1 Jo 2:2).
  • A promessa de nos recompensar no céu por trabalhos feitos para Cristo aqui (1 Co 3:11-14).
  • A promessa de que reinaremos com Ele em Seu reino (2 Tm 2:12; Ap 3:21, 20:4).
O desejo de Deus em todas estas provisões para o caminho é que os santos se “tornassem participantes da natureza divina (JND). Somos feitos participantes da natureza divina quando nascemos de novo, momento no qual recebemos uma nova vida de Deus, que tem a mesma natureza d’Ele. Mas esse não é o aspecto de participar da natureza divina de que Pedro está falando aqui. (O fato de ele dizer: “Que vos torneis participantes... mostra que ele não está se referindo ao recebimento inicial da vida divina, mas algo subsequente a isso). Pedro está falando de uma participação prática dessa natureza em um sentido moral. É provar das coisas que Deus aprecia e ser cheios com as Suas delícias. Quando então “bebemos da corrente [do rio] das Suas “delícias”, participamos das coisas que Sua natureza aprecia (Sl 36:8). J. N. Darby disse: “Somos assim tornados moralmente participantes da natureza divina, pelo poder divino agindo em nós e firmando a alma naquilo que é divinamente revelado” (Synopsis of the Books of the Bible, Loizeaux edition, pág. 465). E em que exatamente é que Deus Se compraz? Suas próprias palavras nos dão a resposta: Este é o Meu Filho amado, em Quem Me comprazo (Mt 3:17; Pv 8:30).
O argumento de Pedro é simples; se vivermos em comunhão com Deus e desfrutarmos das coisas que Ele desfruta, escaparemos da corrupção que há no mundo pela concupiscência, porque em tal estado, a carne em nós ficará inativa. As atrações do mundo perdem seu poder de desviar nossa alma do caminho quando estamos desfrutando de algo infinitamente maior. O resultado é que vencemos o mundo na prática e, assim, escapamos das concupiscências que caracterizam seu estado corrupto. Isso mostra que não é o que sabemos que nos mantém no caminho, mas o que apreciamos.
Tendo recebido esta grande provisão de Deus, realmente não há desculpa para qualquer um de nós falharmos no caminho – independentemente de quão escuro e difícil possa ser o dia. Simplesmente não há verdade na ideia de que, uma vez que as coisas se tornaram tão desordenadas na Cristandade nestes últimos dias, Deus entende nossa situação e desculpa nossa falta de fidelidade.

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