quarta-feira, 1 de maio de 2019

A ASPERSÃO DO SANGUE DE JESUS CRISTO


A ASPERSÃO DO SANGUE DE JESUS CRISTO 

               O quarto elo dessa cadeia é a aplicação do sangue de Cristo ao coração e à consciência do crente, pelo qual ele é purificado da culpa de seus pecados e salvo (Hb 9:14).

O sangue de Cristo “derramado” (Lc 22:20) não é o mesmo que o sangue de Cristo “aspergido” (Hb 10:22 – JND). Seu sangue sendo derramado é uma coisa literal que ocorreu na cruz do Calvário há quase 2.000 anos, enquanto que Seu sangue sendo aspergido é uma expressão figurativa que se refere à fé do crente se apropriando da obra consumada de Cristo, sendo assim purificado de seus pecados (1 Jo 1:7; Ap 1:5; 7:14). Assim, derramar é a provisão que Deus fez para nós na obra de Cristo na cruz, e, ser aspergido é o resultado de nossa apropriação daquela obra pela fé, pela qual somos salvos. A diferença entre essas duas coisas é ilustrada como figura no cordeiro pascal (Êx 12). O cordeiro foi morto e seu sangue foi coletado em uma bacia, mas os israelitas tiveram de aspergi-lo nas ombreiras de suas casas antes de serem protegidos do juízo que caiu sobre o Egito. Assim, o sangue na bacia era a provisão de Deus para o povo e a aspersão do sangue nas suas casas era a apropriação pessoal deles de tal obra.
Esses judeus crentes estavam familiarizados com a aspersão de sangue na época da Páscoa no Egito; ela era celebrada pela nação todos os anos, sendo uma de suas festas mais importantes. Mas apropriar-se da obra de Cristo por meio da fé, pela qual uma pessoa é purificada de seus pecados e livrada do juízo eterno, era uma coisa nova para eles. (De fato, a morte de Cristo como o Cordeiro de Deus foi o cumprimento da festa da Páscoa – 1 Co 5:7; 1 Pe 1:19.) Uma consciência purificada, resultante da fé na obra consumada de Cristo, pela qual a alma do crente está em descanso com Deus (Hb 9:14), também é algo que os santos do Velho Testamento não tinham. Eles viviam com a incerteza a respeito de seus pecados, temendo que pudessem ser levados a juízo a qualquer momento (Sl 25:7, etc.). Por isso, o que Pedro está falando aqui é de algo muito mais abençoado do que aquilo que os santos tiveram antes que a redenção fosse consumada por Cristo.
Essa cadeia de quatro elos de ação divina que Pedro delineou na história desses queridos santos é algo que é verdade para todos os Cristãos, independentemente se eram judeus ou gentios.
V. 2b – Tendo traçado esta progressão nesses crentes, o que os conduziu à sua salvação, ele então deseja que “graça” e “paz” lhes sejam “multiplicadas” para que andassem como Deus queria que andassem, e assim, glorificassem a Cristo neste mundo.

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