sábado, 4 de maio de 2019

Cristo Desceu ao Hades para Pregar para os Perdidos?

Cristo Desceu ao Hades para Pregar para os Perdidos?

           Alguns pensam que esses versículos ensinam que depois da morte de Cristo, mas antes de ressuscitar dentre os mortos, Ele foi em espírito às regiões dos condenados para lhes proclamar Sua vitória sobre o pecado na cruz. Esta ideia é errônea por várias razões:       Em primeiro lugar, a prisão das almas perdidas é uma condição de “tormento” (Lc 16:23). Se Cristo foi lá, Ele entrou em um estado de sofrimento! Isso significa que Ele não apenas sofreu na cruz (v. 18), mas também sofreu entre os condenados no hades! (v. 19). A Escritura em lugar algum ensina isso.
Segundo, visto que a pregação do “evangelho” sempre anuncia algum tipo de bênção (1 Pe 4:6), se Cristo fosse à prisão dos condenados para pregar, Ele deveria estar ali oferecendo algum tipo de bênção àquelas almas perdidas! Que bênção poderia haver para eles? Isso implica que eles receberiam uma segunda chance de serem salvos, e se assim fosse, eles não estavam em um estado “fixo” de condenação, no qual a Escritura ensina que estão todos os perdidos que partiram (Lc 16:26 – JND). Essa ideia se presta ao erro católico do purgatório – que é possível recuperar os perdidos que morreram em seus pecados, de sua condição de condenação. Novamente, a Escritura não ensina tal coisa. A verdade é que o Filho do Homem tem na Terra autoridade para perdoar pecados”; Ele não tem poder para perdoar os pecados daqueles que passaram da Terra e estão no hades (Mt 9:6).
Em terceiro lugar, se Cristo realmente entrou nas regiões dos condenados para pregar àqueles que morreram no dilúvio, deixa-nos a questão de por que Ele pregaria somente a eles, e não daria aos outros entre os condenados uma segunda chance de serem salvos também. Isso apresenta Deus como sendo injusto. Novamente, a Bíblia não ensina isso.

Alguém pode dizer: “Mas Cristo entrou no hades depois que morreu” (At 2:27). Isso é verdade; mas Ele estava no “paraíso” (um estado de felicidade) quando Ele esteve no hades (Lc 23:43). Ele não estava na “prisão” (um estado de tormento). Um olhar cuidadoso nesta passagem mostra que a pregação que Cristo fez foi “nos dias de Noé” por meio do Espírito Santo; não foi no intervalo entre Sua morte e ressurreição. É lamentável que a divisão entre os versículos 19 e 20 separe o ato da pregação de Cristo do tempo de Sua pregação, e isso levou alguns à sua ideia errada.

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