quarta-feira, 1 de maio de 2019

UMA ESPERANÇA VIVA (v. 3)


UMA ESPERANÇA VIVA (v. 3)

            Pedro pede que seja dado louvor a Deus pelo novo relacionamento que tinham com Ele como Pai, e pela esperança da glória final que tinham no Senhor Jesus. Ele diz: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a Sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo, dentre os mortos”. O apóstolo Paulo começa sua epístola aos Efésios com uma doxologia similar (Ef 1:3), mas à medida que essas epístolas continuam, elas revelam duas linhas diferentes de verdade. Em Efésios, o crente é visto assentado nos céus, aguardando a redenção de sua herança, sobre a qual ele reinará com Cristo. Ao passo que, em 1 Pedro, o crente é visto andando na Terra na esperança de sua herança, que está reservada para ele no céu.
Em sua doxologia de louvor, Pedro reitera o fato de que por meio de um ato da soberana “misericórdia” de Deus esses crentes tinham sido “gerados de novo”. Mas ele deixa claro que eles tinham nascido de novo para uma porção completamente diferente de bênção e destino, daquela que Israel tinha em sua relação de aliança com Jeová. Não é que o novo nascimento seja algo novo nos caminhos de Deus com os homens; os santos desde o princípio dos tempos eram nascidos de Deus. O que Pedro está dizendo aqui é que os crentes no Senhor Jesus Cristo, na presente dispensação da graça, foram gerados de novo para um propósito totalmente diferente daquele que Deus tem em mente para Israel.
Essa esperança que os crentes têm em Cristo é uma viva esperança”. Ela está em contraste com a esperança que os crentes no sistema judaico tinham antes da cruz. Sendo pertencentes à nação de Israel, eles tinham esperanças nacionais centradas em um Messias na Terra. Quando o Senhor veio, eles corretamente O receberam como tal (Lc 9:20; Jo 6:69). Mas a luz dessas esperanças foi apagada em seus corações quando Cristo foi rejeitado pela nação e crucificado. Os dois que desciam a estrada para Emaús exemplificam essa decepção. Eles estavam “tristes” e disseram: E nós esperávamos que fosse Ele o que remisse Israel (Lc 24:17, 21). No entanto, quando seus olhos foram abertos e eles viram o Senhor como ressuscitado, uma nova esperança nasceu em seus corações, a qual nada na Terra poderia apagar. Era uma esperança “viva” porque estava centrada em um Salvador vivendo além do poder da morte. Naquele ponto, suas esperanças ainda estavam em um reino terrenal sendo estabelecido de acordo com o que foi ensinado pelos profetas do Velho Testamento (At 3:19-21). Não foi até que os judeus rejeitassem o testemunho do Espírito Santo (At 7) e que revelações de novas bênçãos espirituais tivessem sido dadas aos apóstolos para entregarem aos santos (Ef 4:4-5), que os crentes judeus foram instruídos sobre sua própria esperança Cristã de ter uma porção celestial com Cristo.
“Esperança” não é usada nas Escrituras da mesma maneira que é usada na linguagem de hoje. Falamos de esperança em relação a algo que gostaríamos de ver acontecer, mas não temos garantia de que isso acontecerá. Na Bíblia, a esperança é uma certeza adiada; há uma expectativa, mas com uma segurança relacionada a ela. Por exemplo, em Romanos 5:2, Paulo fala da esperança da glória de Deus, que tem a ver com a futura glorificação do crente na vinda do Senhor (o Arrebatamento). Isso é algo que o crente está aguardando com certeza. E certamente acontecerá; apenas não sabemos quando. De fato, toda esperança que o Cristão tem, provém de Cristo estar ressuscitado. Elas são esperanças “vivas” porque Cristo está vivendo.

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