domingo, 5 de maio de 2019

Os Anciãos

Os Anciãos

V. 1 – Uma coisa que se destaca neste trabalho de pastorear o rebanho de Deus é que são os “presbíteros [anciãos – AIBB] que são ordenados a fazê-lo. A palavra “ancião” implica experiência e maturidade, que são tão necessárias para este trabalho. Quando o conselho e o encorajamento vêm de alguém que experimentou as vicissitudes e provações da vida Cristã, ele tem peso moral com os santos e, como resultado,  estarão mais inclinados a recebê-lo. Desnecessário dizer que este trabalho não é para um “neófito”. Paulo adverte dos tais sendo levados pela importância própria e sendo “ensoberbecido” com orgulho e caindo “na condenação do diabo” (1 Tm 3:6; Pv 16:18, 29:23; At 15:6). Um neófito é um novo convertido, mas isso talvez possa incluir alguém que não amadureceu na fé como deveria, e, consequentemente, é um “bebê” (Ec 10:16; 1 Co 3:1 – JND; Ef. 4:13-14 – JND; Hb 5:12-14 – JND).
Antes de exortar os anciãos quanto às especificidades deste trabalho, Pedro menciona duas coisas que todo sub-pastor deve manter diante de si para que ele seja eficiente – “os sofrimentos de Cristo” (ARA) e “a glória que se há de revelar”. Pedro já referiu-se a estas duas coisas algumas vezes na epístola, mas por diferentes razões. Aqui, está em conexão com a manutenção dos anciãos em seu trabalho.
“Os sofrimentos de Cristo” aqui não são os sofrimentos expiatórios do Senhor, mas sim Seus sofrimentos de martírio, os quais todos compartilhamos em certa medida, se servimos a Deus fielmente. Isto é colocado diante dos anciãos como um modelo, porque, assim como quando o Senhor pastoreou o rebanho de Deus em Seus dias e não foi apreciado, sendo rejeitado por todo o bem que Ele fez (Zc 11:4-14; Jo 10:1-18), eles também encontrariam oposição similar. Os sofrimentos do Senhor são o exemplo perfeito de como os anciãos devem lidar com os equívocos e males que podem encontrar ao cuidar do rebanho. Aqueles que fazem este trabalho precisam estar preparados para isso, porque Satanás faz daqueles que pastoreiam o povo de Deus, um objeto especial de seus ataques. No caso do Senhor, Satanás veio contra Ele no jardim do Getsêmani em um ataque especial (Jo 14:30; “estando em conflito” Lc 22:44 – JND, 53). Esse foi um esforço máximo para afastá-Lo de fazer a vontade de Deus em ir para a cruz. Quando os judeus O prenderam e O entregaram às autoridades romanas, Ele Se submeteu aos seus maus-tratos:As Minhas costas dou aos que Me ferem, e as Minhas faces aos que Me arrancam os cabelos” (Is 50:5-7). Ele não Se defenderia, mas deixaria que Deus O justificasse em Seu devido tempo – o que aconteceu em Sua ressurreição e ascensão (Is 50:8). Quando O crucificaram, Ele “suportou a cruz” pacientemente e desprezou a vergonha (Hb 12:2). Tal foi o exemplo perfeito do “bom Pastor” que deu Sua vida pelas ovelhas (Jo 10:11). Ele é o Modelo para todos os que pastoreiam o povo de Deus.
“A glória que se há de revelar” refere-se ao tempo em que Cristo vai Ser provado inocente publicamente em Sua Aparição. Assim, o sub-pastor que faz o seu trabalho com fidelidade, embora seja frequentemente pouco apreciado, naquele dia será amplamente compensado em “glória” (v. 4). O servo, portanto, deve manter seus olhos naquilo que está à frente; isso o sustentará e dará motivação para continuar em serviço fiel.

O papel de um ancião/bispo não é algo para o que os homens se nomeiam, nem é um ofício para o qual a assembleia os designa. Pelo contrário, eles são levantados pelo Espírito Santo para fazer este trabalho para o Senhor (At 20:28). Esses homens serão conhecidos por suas qualificações morais e pelo trabalho que fazem. A assembleia deve “reconhecê-los” (1 Co 16:15; 1 Ts 5:12), “estimá-los” altamente (1 Ts 5:13), “honrá-los” (1 Tm 5:17), “lembrar-se deles” (Hb 13:7a), “imitar” sua fé (Hb 13:7b), “obedecê-los” (Hb 13:17a), “sujeitar-se” a eles (Hb 13:17b) e “saudá-los” (Hb 13:24). Mas em nenhum lugar na Escritura é dito à assembleia para escolhê-los e ordená-los! Isto é simplesmente porque a assembleia não tem autoridade de Deus para fazê-lo. Ainda assim, apesar desse fato, as igrejas Cristãs em toda parte escolhem e nomeiam seus anciãos! Tal é a confusão que existe nas ruínas do testemunho Cristão. Quando os anciãos eram escolhidos e ordenados na Escritura, eram sempre escolhidos “para” uma assembleia por um apóstolo (At 14:23 – Tradução W. Kelly). Ou por alguém delegado por um apóstolo (Tt 1:5). Aqui está a sabedoria de Deus; isso impede que a assembleia escolha líderes que favoreçam as inclinações do povo e, assim, tenha controle sobre os que estão na supervisão.

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