sábado, 6 de abril de 2019

O GOVERNO DE DEUS


O GOVERNO DE DEUS 
                 
                Embora o viver por fé seja enfatizado em todas as epístolas hebraico-Cristãs, nas epístolas de Pedro o tema das relações governamentais de Deus, que agem nos bastidores de nossas vidas é exclusivo. Isso é referido em cada capítulo (caps. 1:17; 2:12; 3:10-12; 4:17; 5:5-6). Na primeira epístola de Pedro, o governo de Deus é visto operando em conexão com os crentes, enquanto na segunda epístola, é contra os incrédulos. Um texto chave a esse respeito é 1 Pedro 4:17. A primeira parte do versículo refere-se àqueles na “casa de Deus” e a última parte do versículo refere-se àqueles que estão fora da casa que são desobedientes ao evangelho de Deus.
O governo de Deus é um termo que, os que ensinam sobre a Bíblia, usam para indicar os tratamentos providenciais de Deus para com os homens – positiva ou negativamente – como uma consequência do modo como vivem. Gálatas 6:7-8 dá o princípio geral sobre o qual o governo de Deus atua: Não erreis: Deus não Se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. Isso mostra que há consequências para nossas ações, embora possamos não senti-las imediatamente. Os dois lados do governo de Deus são:
q Juízo governamental.
q Bênção governamental.

Visto que o Senhor tem “todo o poder” no “céu e na Terra” (Mt 28:18), Ele pode fazer com que coisas boas, bem como coisas ruins (calamidades), ocorram na vida dos homens de acordo com suas obras. Ele pode “cercar” o caminho do transgressor com juízos governamentais na forma de dificuldades, problemas, tristezas, doenças, etc., com o objetivo de deter seu proceder rebelde e produzir arrependimento (Os 2:6-7). Deus também pode usar Seu poder para ordenar circunstâncias felizes e abençoadas na vida dos homens que fazem o que é correto, e assim eles irão “herdar bênção” (JND) em suas vidas (praticamente) e ver os dias bons (1 Pe 3:9-12a).
É importante entender que os tratamentos governamentais de Deus para com os homens pertencem apenas ao seu tempo na Terra; não têm nada a ver com o seu destino eterno. Além disso, se trouxermos sobre nós o juízo governamental de Deus por conta de nossas ações pecaminosas, existe algo como o perdão governamental de Deus, para se, e quando, nos arrependermos (Mt 18:26-27; Lc 7:48; Jo 5:14; Tg 5:15; Sl 103:10-12). Isso mostra que Deus tem um coração perdoador (Sl 130:3-4). O perdão governamental tem a ver com Deus tirando Seu juízo de sobre nós, qualquer que seja a maneira ou medida que tenhamos o experimentado. Então, novamente, o Senhor pode escolher nos deixar continuar sob os efeitos de Seu juízo governamental (parcial ou totalmente), mesmo quando houver verdadeiro arrependimento, porque Ele conhece as tendências de nosso coração, e isso nos mantém dependentes d’Ele e, em último caso, para evitar que saiamos dos trilhos novamente. Assim, a comunhão será restaurada, mas os efeitos de nossas ações podem continuar a serem sentidos (2 Sm 12:10).
Muitos Cristãos têm uma visão desequilibrada do assunto do governo de Deus. Eles o veem apenas pelo lado negativo julgador. Ao se referirem a alguém que se rebelou contra Deus, dirão: “Fulano está sob o governo de Deus”. Isso é verdade, mas, na realidade, todos os Cristãos estão sob o governo do Pai – seja para o bem ou para o mal.

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