O Julgamento dos
Vivos e dos Mortos
Vs. 5-6 – Pedro nos assegura que todos (judeus ou gentios) que
seguem uma vida ímpia um dia “hão de dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os
mortos” (At 10:42; Rm 14:12). O julgamento dos vivos e dos mortos são duas
coisas distintas envolvendo todos os
que são ímpios na raça humana. Esses dois julgamentos serão executados em dois
momentos diferentes no futuro. O apóstolo Paulo indica que o julgamento dos vivos começa “na Sua Aparição” (2 Tm 4:1 – JND), quando “Se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do Seu poder,
como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que
não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo”
(2 Ts 1:7-8). Ele incluirá o juízo da sega
[colheita] (Ap 14:14-16; Mt 13:37-42, 24:36-41), o juízo da vindima (Ap
14:17-20; Is 63:1-6), e o julgamento em sessão – antes de o
reino milenar de Cristo ser estabelecido (Mt 25:31-46) e durante seu
curso (Sl 101:8; Sf 3:5). Nesse mesmo versículo (2 Tm
4:1), Paulo também indica que o julgamento dos mortos ocorrerá em “Seu
reino”, sem ser específico em relação a quando em Seu reino. O apóstolo
João nos dá o tempo exato; é no final do reinado de 1.000 anos do reino de
Cristo, no “grande trono branco” (Ap
20:11-15; Is 24:22).
Pedro segue explicando que a
base de todo o julgamento é o testemunho que Deus deu aos homens; isso os torna
responsáveis. Ele diz: “Para este fim
também as boas novas foram pregadas aos mortos [àqueles que estão mortos – KJV], para que sejam
julgados, quanto ao homem, segundo a carne, mas vivos, quanto a Deus, segundo o
Espírito” (v. 6 – JND).
Alguns receberam mais luz
(verdade) do que outros, e são, portanto, mais responsáveis, mas todos os
homens tiveram alguma luz de Deus e, portanto, são “inescusáveis” (Rm 1:20).
O “evangelho” de que Pedro fala aqui não é o evangelho da graça de Deus que é pregado nesta era Cristã,
que anuncia a obra consumada de Cristo na cruz e a salvação pela fé n’Ele (At
20:24). São as boas novas que foram proclamadas aos homens em eras passadas
pelos servos do Senhor, como Noé (2 Pe 2:5). “Aqueles que estão mortos” (KJV) são os que viveram naqueles
tempos. Eles estão mortos agora, mas não estavam mortos quando o evangelho lhes
foi pregado (cap. 3:19-20). Um testemunho suficiente de Deus lhes foi dado,
mas, infelizmente, eles o rejeitaram. Eles, portanto, estarão diante de Deus
para receber sua justa punição naquele dia vindouro (Ap 20:11-15).
Sempre houve de alguma forma
um testemunho do evangelho de Deus para o homem. Isso separou a raça humana em
duas grandes classes: aqueles que o recusam e provam sua falta de fé vivendo “segundo
os homens na carne” e aqueles que o creem e provam sua fé vivendo “segundo
Deus em espírito”.