A
OBEDIÊNCIA DE FÉ
Até agora, Pedro abordou o lado soberano das coisas na eleição de Deus, o
Pai, e na santificação do Espírito Santo; agora chegamos ao outro lado – a
responsabilidade do homem de crer no evangelho. Isso resulta de sendo aspergido
com o sangue de Cristo e sendo salvo. Por isso, Pedro
avança e declara um terceiro elo
nesta série – “obediência”. Esta é uma referência à “obediência de fé” que toda pessoa deve
ter para receber a bênção da salvação (Rm 1:5 – JND, 6:17, 10:16, 15:18, 16:26;
2 Ts 1:8; 1 Pe 1:22, 4:17).
Pedro diz: “Para a obediência” (cap. 1:2), porque a obra santificadora
do Espírito no novo nascimento resultará na obediência da pessoa obedecendo ao
evangelho e sendo salva. A obediência de fé é a resposta apropriada em alguém
que foi trabalhado por Deus. Mas essa obediência não
é meramente obedecer ao chamado do evangelho. Ela começa aí – e é por isso que
Pedro coloca “obediência” antes da aspersão “do sangue de Jesus
Cristo” – mas
também inclui uma vida de obediência depois que a pessoa é salva. Nota: ele diz
que essa obediência é “de” Jesus
Cristo – e não “para” Jesus Cristo como muitas traduções modernas
equivocadamente a traduzem. Quer dizer, o tipo de obediência que deve ser visto
no crente é a do caráter da obediência do próprio Senhor quando Ele andou aqui
neste mundo. Assim, somos separados para obedecer como Cristo obedeceu.
Para esses judeus
convertidos, esse era um novo tipo de obediência. A obediência com a qual
estavam familiarizados na velha economia (dispensação) era algo legal, ordenado
à nação de Israel no Sinai. A obediência Cristã, da qual Pedro fala aqui, é uma
obediência que vem de um coração que tem sido conquistado pelo amor de Deus (Jo
14:15; 1 Jo 4:19; 5:1-3).