domingo, 5 de maio de 2019

O Governo de Deus

O Governo de Deus

             Vs. 17-19 – Para que ninguém pense levianamente sobre o filho de Deus praticando o mal, Pedro introduz novamente o assunto do governo de Deus, como um aviso para os Cristãos descuidados. Ele diz: Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?” Deus certamente não quer ver seus filhos fazendo algo errado. Mas se formos obstinados ou descuidados em relação a nosso caminhar, Ele tem Seus caminhos em Seu governo para chamar nossa atenção – e isso às vezes pode ser doloroso. Como nosso Pai amoroso que Se preocupa com o nosso desenvolvimento moral e espiritual (Hb 12:5-11), Ele não passa por cima dessas coisas, mas trabalha por meio de Suas disciplinas e repreensões para nos ensinar a andar em santidade e em dependência d’Ele. (Sl 119:67, 71). Ele pode usar qualquer tipo de aflição e provação na disciplina de Seus filhos – até as injustas perseguições do mundo.
Pedro explica que o “julgamento” governamental de Deus sempre começa com aqueles que tiveram mais luz (Ez 9:6). O princípio é este: quanto maiores os privilégios que foram concedidos, maior a responsabilidade (Lc 12:47-48). Isso é verdade tanto em nível pessoal quanto em nível coletivo. A igreja professa (Cristandade), que é “a casa de Deus” hoje, definitivamente teve mais luz de Deus entre todas as pessoas na Terra. Portanto, é muito mais responsável do que o mundo pagão que não teve a mesma exposição ao evangelho.
Ele então levanta a questão sobre qual será “o fim” daqueles que que são desobedientes ao evangelho de Deus”. Ele diz: “E, se o justo apenas se salva, onde aparecerá o ímpio e o pecador?” Seu ponto aqui é que, se Deus não poupa aqueles em Sua casa que estão declaradamente em um relacionamento com Ele, quando fazem algo errado, quanto menos poupará aqueles fora de Sua casa que não têm relacionamento com Ele? Ele não apenas os julga governamentalmente agora, mas também serão julgados eternamente num dia vindouro – um pensamento solene, de fato!
O aspecto da salvação de que Pedro fala aqui é aquele que é afetado em nosso caminho à medida que nos movemos neste mundo, e isso resultará em nossa plena salvação no final da jornada quando o Senhor vier (cap. 1:5). As dificuldades a que ele se refere são os perigos e provações espirituais relacionados com a confissão de Cristo, e também, as correções que nosso Pai pode trazer sobre nós se e quando andamos em caminhos de injustiça. A nota de rodapé da Tradução do J. N. Darby declara: “Salvos aqui na Terra, como por meio das provações e juízos que assediam especialmente os Cristãos judeus”.

Vs. 19 – Pedro conclui o assunto oferecendo uma palavra de encorajamento a todos os que sofrem desse modo. Se eles forem encontrados sofrendo “segundo a vontade de Deus” – isto é, por sua confissão de Cristo – eles devem se encomendar à Deus. Nota: eles não são instruídos a apelar para as autoridades civis por proteção (como fizeram os reformadores quando eles foram perseguidos pelos católicos), mas para encomendem-lhe as suas almas, como ao fiel Criador, fazendo o bem”. Ele é um “fiel Criador” e éo Salvador [Preservador – JND] de todos os homens, principalmente dos fiéis” (1 Tm 4:10). Podemos sempre nos voltar para Ele em nosso sofrimento e lá encontrar um consolo (Sl 91:1-2). É somente o poder de Deus que pode nos sustentar quando estamos sob essas provações (Sl 18:29).

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