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ÍNDICE

Tópico Cap:Vers
Capa
Informações
A PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PEDRO
INTRODUÇÃO
A Transição do Judaísmo ao Cristianismo
Algumas Características da Epístola
Os Sofrimentos de Cristo
Viver por Fé
O Governo de Deus
O Reino
NOVAS BÊNÇÃOS CRISTÃS 1:1 - 1:12
A Saudação 1:1 - 1:2
A Trindade 1:2
Eleição 1:2
A Santificação do Espírito 1:2
A Obediência de Fé 1:2
A Aspersão do Sangue de Jesus 1:2
Uma Esperança Viva 1:3
Uma Herança Celestial 1:4 - 1:5
Uma Senda no Deserto onde Fé é Testada 1:6 - 1:8
A Salvação da Alma 1:9 - 1:11
O Espírito Santo Enviado do Céu para Residir na Terra 1:12
NOVOS RELACIONAMENTOS CRISTÃOS 1:13 - 2:17
Designações Cristãs 1:14 - 2:17
Filhos 1:14 - 1:21
Irmãos 1:22 - 1:25
Meninos Recem-Nascidos 2:1 - 2:3
Pedras Vivas e um Sacerdócio Santo 2:4 - 2:8
Uma Raça Eleita e um Sacerdócio Real 2:9 - 2:10
Peregrinos e Forasteiros 2:11 - 2:17
Resumo das Designações Cristãs
RELAÇÕES NATURAIS 2:18 - 3:7
Servos Domésticos 2:18 - 2:25
Esposas 3:1 - 3:6
Maridos 3:7
VÁRIOS ASPECTOS DO SOFRIMENTO NO CAMINHO DA FÉ 3:8 - 5:14
A Companhia Cristã - Um Refúgio 3:8 - 3:9
O Governo de Deus 3:10 - 3:13
Sofrendo por Causa da Justiça 3:14 - 3:22
Dando uma Resposta pela Razão da Nossa Esperança 3:15 - 3:18
Exemplo de Noé 3:19 - 3:20
Cristo Pregando pelo Espírito 3:19
Cristo Desceu ao Hades para Pregar para os Perdidos? 3:19
Salvo Pela Água – Uma Figura do Batismo 3:21 - 3:22
Sofrendo na Carne 4:1 - 4:11
Fazendo a Vontade de Deus 4:1 - 4:2
O Tempo que nos Resta 4:3 - 4:4
O Julgamento dos Vivos e dos Mortos 4:5 - 4:6
Coisas que Deveríamos Estar Fazendo no Tempo que nos Resta 4:7 - 4:11
Ser Sóbrio 4:7
Vigiar 4:7
Ter Ardente Amor Uns para com os Outros 4:8
Ser Hospitaleiro 4:9
Ministrar a Palavra 4:10 - 4:11
Despenseiros 4:10 - 4:11
Sofrimento pelo Nome de Cristo 4:12 - 4:19
Dois Aspectos do Gozo 4:13 - 4:16
O Governo de Deus 4:17 - 4:19
Sofrimentos Pela Oposição Do Diabo 5:1 - 5:14
Um Cenário Pastoral
Os Anciãos 5:1
O Trabalho dos Anciãos 5:2 - 5:4
O Rebanho 5:5 - 5:7
O Leão que Ruge 5:8 - 5:9
Conforto Para os Santos que Sofrem Perseguição 5:9 - 5:11
Saudações de Encerramento 5:12 - 5:14
A SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO
INTRODUÇÃO
Um Resumo
OS MEIOS DIVINOS PARA SER PRESERVADO EM UM DIA MAU 1
A Saudação 1:1 - 1:2
A Maneira Divina de Ser Preservado 1:3 - 1:21
A PORÇÃO DE DEUS 1:3 - 1:4
Dando-nos Tudo o Que Diz Respeito à Vida e Piedade 1:3
Dando-nos Grandíssimas e Preciosas Promessas 1:4
A PORÇÃO DO CRENTE 1:5 - 1:21
Tendo as Qualidades Morais Necessárias para Viver Fielmente 1:5 - 1:11
Estar Estabelecido na Presente Verdade 1:12 - 1:15
Mantendo o Fim Glorioso de Deus diante de Nossa Alma 1:16 - 1:21
O CARÁTER DO MAL QUE ENTRARIA NA PROFISSÃO CRISTÃ POR MEIO DE FALSOS MESTRES 2
O Perigo dos Falsos Mestres Desencaminhando Pessoas 2:1
Seus Maus Caminhos 2:2 - 2:3
Sua Condenação 2:4 - 2:9
Seu Caráter 2:10 - 2:17
Seus Convertidos 2:18 - 2:22
O FIM DA CRISTANDADE, DO MUNDO, E DA CRIAÇÃO 3
A Importância de se ter a Palavra de Deus Sempre na Lembrança 3:1 - 3:4
Três Intervenções Catastróficas de Juízo 3:5 - 3:9
O Dia do Senhor 3:10
O Efeito Prático Que Essas Coisas Deveriam Ter Sobre Nós 3:11
O Dia de Deus 3:12 - 3:15a
Três Céus e a Terra
A Importância das Epístolas de Paulo 3:15b - 3:16
Duas Admoestações Finais 3:17 - 3:18
CONTRACAPA

Informações

A PRIMEIRA E SEGUNDA EPÍSTOLAS DE PEDRO – Ministério Relativo ao Cuidado de Judeus Convertidos
Bruce Anstey

Originalmente publicado por:
CHRISTIAN TRUTH PUBLISHING
9-B Appledale Road
Hamer Bay (Mactier) ON P0C 1H0
CANADÁ
christiantruthpublishing@gmail.com

Título do original em inglês: THE FIRST & SECOND EPISTLES OF PETER - Ministry Pertaining to the Care of Jewish Converts 
Primeira edição - setembro 2018

Traduzido, publicado e distribuído no Brasil com autorização do autor por:
ASSOCIAÇÃO VERDADES VIVAS, uma associação sem fins lucrativos, cujo objetivo é divulgar o evangelho e a sã doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo.
atendimento@verdadesvivas.com.br 

Primeira Edição em português – Junho 2019
e-Book versão 1.0

Abreviaturas utilizadas:
ARC – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida – SBB 1969
ARA – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada – SBB 1993
TB – Tradução Brasileira – 1917
ACF – João Ferreira de Almeida – Corrigida Fiel – SBTB 1994
AIBB – João Ferreira de Almeida – Imprensa Bíblica Brasileira – 1967
JND – Tradução inglesa de John Nelson Darby
KJV – Tradução inglesa King James 

Todas as citações das Escrituras são da versão ARC, a não ser que outra esteja indicada.

INTRODUÇÃO

Desde os primórdios do Cristianismo, quando as coisas nos caminhos de Deus estavam em transição (dispensacionalmente) do judaísmo ao Cristianismo, havia uma necessidade de que os judeus crentes em Cristo fossem instruídos neste novo início de Deus. É por isso que as epístolas hebraico-Cristãs (Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro) foram escritas e incluídas no cânon das Escrituras.
Pouco antes de ir para a cruz, o Senhor disse a Pedro: “e tu, quando estiveres restaurado, confirma [estabelece] teus irmãos” (Lc 22:32 – JND). Então, depois que o Senhor ressuscitou de entre os mortos, Ele formalmente comissionou Pedro para este trabalho, declarando: “Alimenta Meus cordeiros” e “Pastoreia as Minhas ovelhas” (Jo 21:15-17 – JND). Assim, o Grande Pastor nomeou Pedro como sub-pastor para cuidar de Seu rebanho e ministrar às suas necessidades no tempo de Sua ausência – especialmente em coisas práticas envolvidas na mudança do judaísmo para o Cristianismo. No livro de Atos e em suas duas epístolas inspiradas, vemos Pedro cumprindo este ministério.
Aprendemos de Gálatas 2:7-8 que o “apostolado” de Pedro foi para “a circuncisão”. Isto é, o foco de seu ministério era principalmente para com seus irmãos judeus que haviam se tornado crentes no Senhor Jesus Cristo. De acordo com isso, Pedro lhes escreve suas epístolas. (1 Pe 1:18 e 2:12 confirmam isso.) O apóstolo Paulo chama esses crentes de “um remanescente, segundo a eleição da graça” (Rm 11:5 – JND) e “o Israel de Deus” (Gl 6:16).
Várias coisas ligadas ao judaísmo tinham formado as consciências daqueles criados naquela religião dada por Deus, que não eram fáceis de serem abandonadas, embora tivessem se tornado Cristãos. Esses escrúpulos se apegaram a esses queridos santos de Deus (e compreensivelmente) e levaram a impedi-los que andassem na liberdade do Cristianismo. Essas coisas poderiam ser chamadas de “faixas”, que no caso de Lázaro tinham de ser retiradas antes que ele pudesse andar corretamente (Jo 11:44). Portanto, havia uma necessidade real da verdade nas epístolas hebraico-Cristãs nos primórdios do Cristianismo, quando a maioria dos santos da Igreja era de origem judaica. Os judeus têm vindo continuamente a Cristo para salvação desde aqueles primeiros dias até hoje, e essas epístolas lhes têm sido uma ajuda real.
No final desta epístola, Pedro declarou: “escrevi abreviadamente, exortando e testificando que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes”. Assim, ele deixou claro que seu propósito ao escrever a esses santos judeus era instruí-los e exortá-los a respeito da conduta adequada à nova posição em que se encontravam como Cristãos.

A Transição do Judaísmo ao Cristianismo

Após a morte de Cristo, aqueles da comunidade judaica que creram n’Ele, estavam inseguros quanto à direção em que Deus Se movia em relação às promessas do Velho Testamento, concernentes ao estabelecimento do reino Messiânico. A morte do Senhor foi um choque terrível para eles; eles estavam convencidos de que seria “Ele o que remisse Israel” (Lc 24:21). Eles pensaram que Ele os libertaria (o significado de redenção) de seus opressores gentios que governavam sobre eles (Lc 4:18), e assim, efetuaria a “grande salvação” da libertação nacional de seus inimigos, como anunciado no evangelho do reino (Hb 2:3). Mas tendo morrido, suas esperanças n’Ele estavam aniquiladas e eles ficaram desencorajados. Nesta epístola, Pedro mostra a esses queridos crentes que tudo não estava perdido na morte de Cristo. De fato, a morte de Cristo realizou grandes coisas para a glória de Deus e para a bênção do homem. Ela glorificou a Deus em relação a toda a questão do pecado. Foi a derradeira “oferta pelo pecado” (Is 53:10 – TB; Rm 8:3; 2 Co 5:21) que permitiu a Deus tirar os pecados de todos os que cressem (Hb 9:26-28). Além disso, Pedro ensinou-lhes que em Cristo ressuscitado e na vinda do Espírito Santo, Deus introduz uma esfera de muito maiores bênçãos e privilégios, do que aquela que as esperanças judaicas tinham em vista – e que essas novas bênçãos em Cristo estavam eternamente seguras. Por isso, o fracasso de Israel em receber seu Messias não derrotou a Deus. Não abalou Seu plano de abrir uma bênção maior em Cristo; isso era algo que Ele pretendia fazer antes da fundação do mundo.
Em consequência do fracasso de Israel em manter as condições da aliança da Lei e da rejeição deles ao Messias, houve uma mudança nos caminhos de Deus; Seus tratamentos com a nação de Israel foi suspenso. Isso é algo que foi predito pelos profetas de Israel (Dn 9:24-27; Mq 5:1-3; Zc 11:10-14, etc.). Enquanto isso, Deus “visitou os gentios” com o evangelho de Sua graça com o objetivo de chamar, dentre eles, crentes no Senhor Jesus Cristo, para compor uma nova companhia celestial de pessoas abençoadas – a Igreja de Deus (At 15:14). Todos os que cressem de entre os judeus e os gentios seriam parte dessa nova companhia (1 Co 12:13; Ef 2:11-22; 3:6).
Como mencionado, a primeira geração de Cristãos judeus precisava de instrução por causa dessa troca dispensacional nos caminhos de Deus, que é dada nas epístolas hebraico-Cristãs. (O apóstolo Paulo também explica essa mudança dispensacional em Romanos 9-11.) As esperanças dos crentes judeus no Senhor Jesus antes da cruz, eram centradas n’Ele, e com razão, mas essas esperanças estavam de acordo com o fato de Ele ser seu Messias judeu terreno. Mas a morte e ressurreição de Cristo mudaram tudo; tendo sido “cortado” (JND) na morte, Ele não teria “nada” (JND) naquele tempo, no que diz respeito ao Seu Messiado (Dn 9:26). Como Cristãos, os crentes judeus agora O conheceriam em um novo e muito mais abençoado relacionamento, como um Salvador ressuscitado em glória celestial. Assim, Paulo disse: “ainda que temos conhecido a Cristo segundo a carne, agora contudo não O conhecemos mais deste modo. Se alguém está em Cristo, é uma nova criação; passou o que era velho, eis que se fez novo” (2 Co 5:16-17 – TB). Assim, a morte de Cristo fechou a porta (temporariamente) à bênção judaica na Terra, mas a ressurreição e ascensão de Cristo abriram a porta para bênçãos superiores para os Cristãos, que estão em uma nova posição de favor diante de Deus em Cristo.
Pedro não estava escrevendo para aqueles que conheceram o Senhor na Terra, pois ele diz: “Ao qual, não O havendo visto, amais...” (cap. 1:8). Esses crentes haviam se convertido após o Pentecostes e, portanto, não tinham visto o Senhor pessoalmente. Alguns deles podem muito bem ter se convertido pela pregação de Pedro no dia de Pentecostes (At 2:5-11). E alguns podem ter sido salvos por meio dos trabalhos de Paulo e Barnabé, que pregaram em algumas das regiões mencionadas no capítulo 1:1. Independentemente de esses santos serem convertidos de Pedro ou não, eles eram crentes judeus, e ele sentia a responsabilidade de pastoreá-los como havia sido comissionado pelo Senhor. Assim, ele escreve para falar-lhes do novo relacionamento que tinham com Deus como Pai e de seu nova posição diante d’Ele em Cristo. Ele também lhes mostra que eles tinham novas e melhores esperanças em Cristo ressuscitado e os instrui quanto à conduta apropriada adequada às novas bênçãos Cristãs. Uma vez que estava escrevendo para aqueles que estavam familiarizados com as Escrituras do Velho Testamento, Pedro faz numerosas referências a passagens no Velho Testamento, com as quais eles deviam estar familiarizados.

Algumas Características da Epístola


Algumas Características da Epístola

As duas epístolas de Pedro são baseadas em duas experiências memoráveis que ele teve como discípulo do Senhor. Esta primeira epístola relaciona-se à ocasião em que o Senhor anunciou que iria edificar a Sua Igreja (Mt 16:16-18). Naquele momento, Ele o chamou de “Pedro” (que significa “uma pedra”), indicando que ele seria uma parte daquele edifício como uma pedra viva (1 Pe 2:5). (Compare com João 1:42.) A segunda epístola é baseada na experiência de Pedro com o Senhor no monte da transfiguração (Mt 17:1-9). Ele faz referência a essa experiência no capítulo 1:16-18 e nela baseia diversas observações e exortações.
Como observado, o apóstolo Pedro tinha uma linha especial de ministério dada pelo Senhor. O caráter de seu ministério é completamente diferente do caráter do ministério de Paulo e João. O ministério de Paulo enfatiza nossa união com Cristo como membros de Seu corpo e nosso lugar na raça da nova criação, como Seus irmãos. O tema do ministério de João são as características da vida eterna na família de Deus, ao passo que nas epístolas de Pedro, não encontramos a união com Cristo, nem a raça da nova criação, nem a vida eterna – e nem encontramos o amor de Deus e o Arrebatamento dos santos em suas epístolas. J. N. Darby assinalou que “a doutrina da reunião dos santos com Jesus nos ares, quando forem ao Seu encontro, não faz parte dos ensinamentos de Pedro” (Synopsis of the Books of the Bible, Loizeaux edition, vol. 5, pág. 427; Collected Writings, vol. 28, pág. 164). Como mencionado, Pedro trabalha para estabelecer os crentes judeus no novo modo de vida no Cristianismo e nos exercícios que são próprios de um crente que anda pela fé nesse caminho. Por essa razão, seu ministério tem aplicação também para os crentes gentios – pois todos os Cristãos, não apenas judeus convertidos precisam de exortação prática em relação ao viver Cristão. Assim, o ministério de Pedro é principalmente pastoral, tocando fortemente no lado prático do Cristianismo.

OS SOFRIMENTOS DE CRISTO


OS SOFRIMENTOS DE CRISTO

           Uma característica marcante da primeira epístola de Pedro é o assunto dos “sofrimentos de Cristo” (KJV). Eles são mencionados em cada capítulo (caps. 1:11; 2:21; 3:18; 4:1, 13; 5:1). Seus sofrimentos são trazidos não só como um modelo de como devemos reagir quando as pessoas nos tratam mal, mas também como uma motivação para vivermos uma vida devota e piedosa.
Pedro enfatiza os sofrimentos de Cristo em seu ministério porque isso era algo que os judeus geralmente não prestavam atenção nos oráculos de Deus – as Escrituras Messiânicas. Em cada uma das profecias sobre o Messias, o Espírito de Cristo testificou dois grandes temas – “os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir” (cap. 1:11). Ao longo dos escritos proféticos do Velho Testamento, há o que diz respeito aos sofrimentos do Messias e o que diz respeito àquilo que pertence ao Seu reinado em glória real. A ordem em que essas coisas são encontradas nas Escrituras indica que Cristo primeiro sofreria antes de entrar em Sua glória (Lc 24:26).
Os judeus permaneciam nas passagens que pertenciam às glórias do Messias e nelas se deleitavam. Eles as liam em suas festas anuais com grande entusiasmo. Mas, infelizmente, eles negligenciaram as passagens que têm a ver com os sofrimentos do Messias – por exemplo, Salmo 22; Salmo 69; Isaías 50:4-6; 53:1-12; Miquéias 5:1; Zacarias 13:7, etc. Essas Escrituras revelam que Cristo seria rejeitado por Seu próprio povo, a quem Ele veio para abençoar (Jo 1:11) e seria “cortado” (JND) na morte (Sl 22:15; Is 53:8; Dn 9:26). Deus tinha uma razão muito importante para permitir que isso acontecesse; a morte de Cristo seria o meio pelo qual o pecado seria expiado em Sua grande, “oferta pelo pecado”, feita uma vez por todas (Is 53:10 – TB; 2 Co 5:21).
O Senhor indicou estes dois temas nas Escrituras para aqueles com quem estava indo para Emaús. Ele os repreendeu por não crerem tudo o que os profetas falaram” a respeito do Messias. Eles como os judeus em geral, tinham crido apenas nas partes da Escritura que pertenciam à glória do Messias, e isso os levou a conclusões erradas quando Ele foi rejeitado e crucificado. Para responder ao seu desapontamento, o Senhor explicou-lhes pelas Escrituras que Ele deveria primeiro sofrer, antes de entrar na glória de Seu reino (Lc 24:25-27).
Juntamente com os sofrimentos de Cristo nesta epístola, é repetida a menção dos sofrimentos dos santos. Pedro menciona isso muitas vezes, de várias maneiras e aspectos, e os vê como a experiência normal dos Cristãos (caps. 2:19; 3:14, 17; 4:1, 16; 5:10). Ele mostra que isso é parte integrante da vida de fé sendo vivida em um mundo que rejeitou a Cristo. Por isso, nesta primeira epístola, vemos Pedro preparando os santos para a adversidade. Ele os encoraja a suportar o sofrimento que é inevitável quando se vive para Cristo.